O mundo estúpido
História fictícia ocorrida na redação de um jornal, também fictício, que quase faliu e deu cano nos empregados.
O dia era daqueles cheios, milhares de páginas para fechar, milhões de textos para ler. O editor coloca duas matérias na página, mas por descuido assina ambas com o nome da mesma repórter. Ninguém vê e sai errado no jornal. No dia seguinte, uma das jornalistas, que por sinal era odiada por dois terços da redação, entra gritando:
“Como que alguém assina meu nome numa merda de matéria que nem essa? Eu nunca faria uma porcaria assim. Nunca na vida”.
A figura, daquelas que come mortadela e arrota caviar, já era odiada. E escrevia mal que só – MPB brasileira, por exemplo. A outra repórter, pelo contrário, era adorada por todos. E uma bela jornalista. A redação se revoltou. Quatro repórteres planejaram uma vingança. Cada um criou uma conta de e-mail fictícia e enviou uma mensagem para a jornalista histérica, elogiando a excelente matéria que ela tinha feito. Que, obviamente, era a da outra repórter. Um dos textos, inclusive, questionava como uma pessoa poderia escrever uma matéria tão boa e, na mesma página, uma tão ruim (a dela mesmo, claro).
A criatura, coitada, respondeu os quatro e-mails, dizendo que tinha havido um erro do editor e que o elogio, na verdade, deveria ser para outra repórter. E logo na seqüência recebeu resposta de um dos fictícios, que dizia ser um absurdo um jornal conhecido cometer um erro como esse. O e-mail ainda questionava a integridade profissional da repórter.
Um dos quatro jornalistas dos e-mails fictícios saiu, virtualmente, em defesa da repórter. Usando seu endereço eletrônico verdadeiro, enviou ao fictício uma mensagem cheia de ofensas, criticando a maneira com que ele tinha falado com a jornalista.
No dia seguinte, a moça de nariz empinado chega para trabalhar e encontra sobre a mesa uma intimação policial, perfeitamente confeccionada pelo quarteto da vingança. Ela, e o repórter que ofendeu o fictício, estavam sendo processados por calúnia e difamação. A criatura pirou na redação. Passou horas chorando. Infelizmente o intelecto não permitiu que ela percebesse que não passava de uma brincadeira. Eu, se visse que o nome do delegado era José Carlos Cacetete e que o depoimento seria no domingo, ficaria no mínimo desconfiado.
Muito depois, quando todo mundo já estava satisfeito, a chefona teve pena dela e obrigou a contarem a verdade. Os quatro repórteres passaram a ser chamados de mundo estúpido pela criatura. E ganharam de bônus o indescritível prazer de não ter mais que conversar com ela. E desse dia em diante o salto alto da moça virou rasteirinha.
hahahahahahaha. ótimo. vamos ter muitas histórias...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
você alegrou o meu dia relembrando esta história!!!!!
Por falar nisso, onde anda essa criatura?
Noooosssa, que imaginação fértil essa sua, Alê. Pessoalmente, acho muito inverossímel que jornalistas, esses seres acima do bem e do mal encarregados de sérias investigações, possam fazer chistes desta com colegas...
Abração e bem-vindo ao mundo dos blogs.
Meu Deus, o que eu não daria para ter entrado no "jornal fictício" um tempinho antes para ter vivenciado esse dia. Com certeza eu teria integrado o grupo do "mundo estúpido".
Desnecessário dizer que estúpido, nesse caso, é o comportamento dessazinha, ainda mais levando-se em consideração que a matéria de verdade era de a Dani Romani.
PORRA, JÁ VI QUE EU SOU O LERDO DA PARADA... não sabia nem quem era uma, nem outra... Depois me diz por e-mail qual era a vilã... Parabéns pelo Blog, e conte uma do "Pavilhão 9"!!!
Abraço do Ledo
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Eu tb queria ter trabalhado nesse jornal fictício nesta época. Oi Lêdo, oi Hane, vão me visitar tb! Beijos a todos, meus jornalistas do bem.
CAra, você TEM que me contar quem deu esse piti!!!
E outra: pelo visto, a pessoa comentou aqui e já rolou censura no seu blog com menos de uma semana de existência!!!
HAHAHAHAA!! Mandou bem: outra dica de blog que te dou é polemizar, irritar e xingar. Sempre rende uma cacetada de comentários. Os últimos textos do meu blog com os meninos virou coisa de Ratinho. Entra lá pra ver. ahahhahaa..
Abs!!!
Acho que não é tão fictício assim...
Eu lembro da história, mas não lembro das pessoas!!! Me contem!!!