Politicamente correto
Estava um dia desses conversando com uns amigos sobre a questão do politicamente correto, que de um tempo para cá vem se tornando moda. Lembrei que, no ano passado, o governo federal chegou até a editar uma cartilha com termos que deveriam ser evitados pelos brasileiros, mas era tudo tão ridículo que acabou ficando pelo caminho. Por exemplo: nada de dizer que a coisa ficou preta, chamar mau motorista de barbeiro (já que ofende a classe dos cortadores de cabelo, vamos chamar apenas de filho da puta) ou falar que o cara é homossexual (tem que usar entendido, mas resta saber em que).
Tudo bem que há palavras que devem ser evitadas, como, é óbvio, bichinha ou aleijado, que são visivelmente desrespeitosos e preconceituosas, mas há também muito exagero por aí. Afro-descendente, por exemplo, é ridículo. Não sei qual o problema de usar a palavra negro, até porque nunca me importei de ser chamado de branco. Tenho amigos, negros, que odeiam ser chamados de afros, moreninhos e o caralho a quatro. “Sou negro, porra!”. Na boa, não vejo preconceito algum na palavra.
Se as coisas continuarem como estão, daqui a pouco vamos ter de remodelar todo o vocabulário. Seguem algumas sugestões: gordo será horizontalmente favorecido. Baixinho, verticalmente prejudicado. Careca, capilarmente escasso. Magrela, gordurosamente desfavorecido. Analfabeto, pessoa com educação alternativa. Bêbado, quimicamente alterado. Burro, pessoa com uma lógica muito peculiar. E por aí vai. O espaço está aberto para mais contribuições.
Dada minha condição de preto vira-lata, considero coisa de aleijado mental essa moda de não poder dizer, por exemplo, que entendido é homossexual. Eu, ogro-heterossexual e obviamente minoria, não posso concordar com essa m*. Mas o pior é a adulteração das músicas infantis. Não se pode mais 'atirar o pau no gato' e nem temer 'boi de cara preta'. Agora o boi é afro-descendente e tem direito a cotas e a sociedade protetora dos animais ameaça prender as 'tias' de jardim de infância...
entendido é foda, né galera?
Tem aquela música também: "Afro-descendente do cabelo duro, que não gosta de pentear..." :-)
Eu lembro de uma vez que os próprios deficientes físicos escreveram um manifesto detonando a preocupação que tinham em chamá-los de portadores de necessidades especiais. Achavam aquilo ridículo e, no fundo, a mudança de nome, de fato, não mudaria a situação deles, que continuariam com os mesmos problemas. Não é por aí, pelo visto.
Adorei a charge com a Mônica!!!
Felipe, vc já desistiu da Neila Baldi?
Ela não me deu bola, Fê. Comentei no blog dela e ela nem tchuns.
Tô dizendo que ela não é para vc mesmo, querido! A Iara pode dizer o que quiser (no fundo eu sei que ela te ama!), mas eu acho vc um docinho! E ela (Neila)... ela é gaúcha, pô!
Acabei de vir do Joselitando (Ih!!! Vão pensar que eu fico de blog-em-blog, garota mais sem ter o que fazer!) e estou morrendo de rir com o texto do marombeiro sobre as feministas mal comidas.
Te deixei um recado lá. Como passei lá antes de te ler aqui, ignore o de lá. Beijos meus.
Fernanda, como você é uma sem-blog, fica o recado aqui mesmo: temos que dar um jeito de unir a neila ao felipe, menina!
Acabei de ler que o guri que ela paquerava preferiu uma mais nova e ela continua a ver navios - tadinha dela, mas quem mandou rejeitar o Fábio Lino e agora o Campbel, né?
bjs
Como uma cidadã afro-descendente, hiposuficiente econômicamente e gordurosamente desfavorecida, (preta, pobre e magricela, se algum indivíduo 'neuronalmente desfavorecido' foi incapaz de sacar!)sinto-me em condições de contribuir.
No trânsito: o sujeito lhe dá uma fechada. Nada de gritar:
corno,
viado,
Filho da puta!
Diga: ó conjuge de mulher infiel,
cidadão de orientação sexual não ortodoxa, cuja progenitora desenvolve atividade laboral no baixo meretrício.
Ajudei?
sorte e saúde pra todos!