Um nome para o bebê
Escolher nome de filho, pelo menos no meu caso, sempre foi tarefa difícil. Afinal, é preciso pensar bem antes de definir como eles serão conhecidos pelos outros, pelo menos enquanto não são rebatizados (ou se rebatizam), para terror e desgosto dos pais, com algum codinome charmoso como Macaco, Almôndega, Rabicó, Boi, Cagão, Broquinha, Macaúba ou Xexelento. Em casa, sempre quebramos cabeça, principalmente para chegar a um acordo. Quando um gostava de um nome, o outro odiava. Perdi a conta de quantas vezes lemos aqueles livros com sugestões, muitas tão esdrúxulas que, em minha opinião, não dão pra batizar nem as pulgas das cadelas lá de casa.
Meu filho caçula, por exemplo, nasceu sem nome. Inicialmente seria Tomás, mas um amigo, com toda delicadeza, disse que iria virar Tomás no cu na escola e, compreensivelmente, minha esposa embirrou com o nome. Se fosse mulher, uma das opções seria Sofia. Que, segundo este mesmo amigo, iria virar Sofia da puta. Difícil. O fato é que o menino nasceu sem nome. E acabou virando Pedro no segundo dia de vida. Apenas Pedro, já que minha mulher, Iara Cristina, detesta nomes duplos. Mas é verdade, tem uns que são normais, mas há cada nome duplo que vou te contar: Kátia Rogéria, Catarina Lucrécia, Rafaela Rejane, Haroldo Alexandre e outras coisas mais. O brasileiro é mesmo um povo muito criativo.
Muito mais fácil seria se adotássemos a velha técnica brasileira de nomenclatura. Metade do nome é do pai, a outra metade da mãe e seja o que Deus quiser. Meus filhos, por exemplo, poderiam ter se chamado Iarandro ou Alessara. Não é lindo? Podia ter pensado nisso antes. Só não é tão legal como Surinalva, Lucicleidson, Binoniel, Rildenir, Paulismara, Uelinelson e Floriacy, que estão entre os mais incríveis que eu já vi. O segredo é que o nome pareça onomatopéia e que depois de cinco minutos você já não se lembre dele de jeito nenhum.
Inclusive, existem uns nomes que nem mesmo os donos conseguem pronunciar. Um amigo me contou que conheceu um camarada que jurava se chamar Cróvis:
“Como assim? Seu nome é Clóvis, e não Cróvis”.
“Que é isso, quer saber mais que eu? É Cróvis”.
“Deixa eu ver sua identidade. Olha aqui criatura, olha o que está escrito. Teu nome é Clóvis, com L. Cló-vis”.
“Sério? Mais como eu ia saber. Minha mãe sempre me chamou assim e eu não sei ler o que está no documento... Mas agora deixa Cróvis mesmo, todo mundo me conhece assim”.
Se um nome fácil como esse já dá confusão, imagine essas monstruosidades que têm por aí.
Alguns nomes, inclusive, deviam dar cadeia aos pais, sem direito a fiança. Imagine só se chamar Ronaldo Romário Rivaldo da Silva? Ou Jefferson Washington Truman de Oliveira? Pasmem, essas duas criaturas existem! Pior que isso, só as obras de arte que existiam antes de 1973, quando a lei Federal de Registros Públicos proibiu os oficiais de cartório de registrarem crianças com nomes que as exponham ao ridículo ou a situações humilhantes. Esses são apenas alguns exemplos da criatividade alheia: Himalaia Virgulino Janeiro Fevereiro de Março Abril, Japodeis da Pátria Torres, Lança Perfume de Andrade, Naida Navinda Navolta Pereira, Nascente Nascido Puro, Nunes Restos Mortais de Catarina e Oceano Atlântico Linhares
Moral da história: Se você se chama João, Paulo, Maria, Fernando, Leonardo, Cláudia, Simone ou qualquer nome normal, levante as mãos para os céus.
Oh Alê, até que enfim voltaste!
Pois Pedro vai ser o nome do meu filho, quando um dia eu achar o pai dele pra providenciá-lo. É simples e forte. E ponto final.
Nossa,existem mesmo esses nomes absurdos aí do final do post??Coitados, esses filhos deveriam ter direito de processar os pais por um atentado desses. Que coisa horrorosa.
Eu gosto de nomes exóticos,mas até isso tem limite, rs.
Gostei, achei o blog muito bem humorado.Bjs
Eh verdade, tem muito louco por ai. Por exemplo "USNAVY", da para acreditar? Isso na verdade é US Navy, mas os pais colombianos creio eu viram isso escrito em lugar lugar e batizaram a criança... vai crescer traumatizada!
Eu ainda nao tenho filhos, mas quando começo a pensar em nomes nunca chegamos a um acordo. Meu marido cisma com uns nomes que eu detesto... isso é realmente problematico!
Gostei do seu blog!
Abraço
Alessandro,
Você nã vai acreditar, msonome domeu pi é a junção dos noms meu avâoe da minha avó. Que bacana meu nome seria se mes tivessem dado continuidade ao legado... Pensa: Eu iria me chamar Elreza (Eldir+Tereza) ou Tereldir.. Bunito...
Legal seria se eu resolvesse homenagear as avós da minh filha: Elase chamaria Terwilma (Tereza+Wilma)ou Wilmesa. Bacana, né?
Adorei o Blog. Eutambém tenho meu marieumadicas.blogspot.com
Passa lá.