29 maio 2006

As mulheres e os casamentos


Sábado foi o casamento de um amigo. De dia, no Jardim Botânico, com a seguinte exigência no convite: deixe de lado o salto e a gravata. Meia hora antes de sair de casa, fiz a barba, fui ao armário, peguei uma calça e uma camisa, depois sapato e meia, vesti tudo em cinco minutos e pronto. Esse tempinho foi o que tive de gastar para assistir a cerimônia. Minha mulher também se vestiu rápido. Gastou mais tempo do que eu porque, convenhamos, maquiagem dá trabalho. Mas isso só foi possível porque a roupa estava escolhida desde o dia das mães. Foi só vestir. Nada do tradicional pega no armário, veste, tira, joga em cima da cama, pega outra no armário, veste, tira, joga em cima da cama...

Mas não quero falar do tempo que as mulheres levam para ficar prontas, e sim da estranha relação que as mulheres têm com as cerimônias de casamento. Ao contrário de nós, homens, que normalmente começamos a nos preocupar com a aparência no máximo uma hora antes de sair de casa, elas investem tempo e dinheiro para ficarem o mais maravilhosamente impressionante possível.

Mulheres vão a casamentos para desfilar roupa nova. Não adianta dizer a elas que o guarda-roupa está repleto de peças que não vêem a luz do sol há anos. Como diz minha mulher, repetição de roupa só é permitido em círculos sociais diferentes. Também é óbvio que mulheres se vestem para amigas e amigos gays, já que a gente nunca nota mesmo. Falar mal do visual de outras pessoas é o passatempo predileto. E para isso nós homens não servimos, já que não notamos aquele “evasê horrível que a perua gorda da fileira da frente está usando”.

Tem mulher que faz umas coisas inimagináveis para a cabeça de um homem. Não acreditei quando ouvi que uma amiga tinha feito, na véspera, um teste do penteado que iria usar na cerimônia de casamento. Eu sei, mulheres, somos ignorantes, não sabíamos que isso é comum. O cabelo liso tinha de ficar ondulado. Porque mulher é assim mesmo, nunca está satisfeita. Se o cabelo é ondulado quer alisar. Se é liso quer enrolar. Se é preto quer aloirar, acastanhar, pintar de acaju ou qualquer coisa do gênero. Em tempo: a amiga do teste do penteado ficou com preguiça de acordar cedo para ir ao salão e acabou indo ao casamento com o cabelo liso mesmo. Impressionante a utilidade do teste.

Os penteados, inclusive, são uma atração extra. Várias mulheres são adeptas daqueles penteados do tipo decifra-me ou te devoro, ninho de pássaro ou socorro, tem alguma coisa aqui na minha cabeça. O curioso é que essas aberrações costumam vir acompanhadas de uma maquiagem tão pesada que é capaz de deixar uma criança de seis anos com aparência de sessenta.

A quantidade de mulheres que se junta para ir ao mesmo tempo ao banheiro também é impressionante nos casamentos. É tanta gente que dá até para chamar de Bonde do Mijão. A desculpa é esvaziar a bexiga e retocar a maquiagem. Mas nós sabemos que, na verdade, elas vão juntas é para fofocar, falar da vida, da roupa e do cabelo dos outros.

Há alguns anos, fui com minha mulher a um casamento em que a noiva iria com um vestido do Ronaldo Fraga (um destes estilistas adorados pela mulherada). Além do mais, iríamos ser padrinhos. Minha mulher ficou neurótica com a roupa. Nas palavras dela, nunca sofreu tanto. No final, depois de muito bater cabeça, conseguiu um vestido (ou foi saia e blusa, não me lembro) que estivesse de acordo.

Como de hábito, se produziu toda e chegou nos trinques ao casamento. Tenho certeza que deve ter ficado o tempo inteiro pensando: “será que está bom, afinal a noiva estará de Ronaldo Fraga”. Não precisou de dez segundos no lugar para ter certeza de que tanta preocupação era desnecessária. Dois padrinhos do noivo (ambos meus amigos) estavam vestindo calça jeans, tênis e camisa de banda – Nirvana e Iron Maiden, se não me engano. E paletó, claro. Não preciso nem dizer que minha mulher quase teve um treco quando viu a dupla: “nossa, tenho tanto trabalho e eles vêm com camisa de banda?”. Pois é, essa é a realidade. Felizmente somos diferentes.

Pergunta sem resposta III

Papai, se Deus é bom por que ele manda os terremotos para matarem as pessoas?

18 maio 2006

Dicionário de mulherês


Acho que todo homem quando fica muito tempo ouvindo mulheres conversarem tem a impressão de estar em outro planeta. E não é apenas pelos assuntos, muitas vezes tão distantes da minha realidade quanto uma Ferrari zero quilômetro. Fico de cara mesmo é com o vocabulário. Tem cada palavra que vou te dizer. Tudo bem que nunca tive irmã e estudei da 5ª série ao 2º ano no Colégio Militar, ou seja, tenho um pouco de defasagem em relação aos detalhes do universo feminino. Só um dia desses descobri que sapatilha de balé tem gesso na ponta (não, nunca me perguntei como elas conseguem se equilibrar). Mas tenho certeza de que até quem cresceu no harém do sultão tem problemas para entender o que as mulheres falam.

Fui um dia desses a uma loja de roupas com a minha mulher. Bastou dois minutos de conversa dela com a vendedora para eu me sentir em outro planeta. “O que você acha desse bolero? E dessa saruê? Fica bem com a mula manca”. Anotem para o dicionário de mulherês: bolero é aquele casaquinho que vai só até o meio das costas e parece que encolheu na lavagem. Na minha opinião, é a peça mais horrorosa do vestuário feminino. Mula manca é blusa de uma alça só. E saruê é uma calça folgada na coxa, apertada no pé e com gavião baixo, igualzinha a do Aladim.

A variedade de tecidos também me impressiona: vestido de musseline, blusa de liganet, calça de ecotouch. Para mim, tirando veludo, seda, nylon, linho e algodão, o resto é tudo pano. E produtos e tratamentos de beleza? Tenho uma amiga que quer fazer um carbox e antes de sair costuma passar curvex. Outra foi ao salão fazer uma francesinha. Do mulherês para o português: carbox é um novo tratamento para celulites. Curvex é um produto para curvar os cílios. E francesinha é um jeito de pintar as unhas, com a ponta branca e o resto renda (meio bege).

E as cores de cabelo? Nunca mais vou esquecer da minha mulher contando para uma amiga que estava com o cabelo da cor 5V da Itely. Ando mesmo defasado, sou do tempo em que cor de cabelo era preto, castanho, ruivo ou loiro. E não 6A, 7B ou outra combinação de letra e número. Em tempo: 5V é castanho violeta.

Acho que os meus quase seis anos de casado me deixaram menos ignorante em mulherês. O problema é que a quantidade de palavras é infinita, não passa uma semana sem que eu me surpreenda com alguma novidade. Um bom dicionário de mulherês ia ser sucesso editorial. E facilitar o diálogo. Ficaremos informados. Nada mais de cara feia quando o assunto da conversa for marca de xampu ou um daqueles mil serviços da tabela de preços do salão de beleza. Quem quiser contribuir com novos verbetes fique à vontade.

11 maio 2006

Biografia de um azarado


O nome não podia ser outro: Murphy. Ser humano mais azarado com certeza não há. Nasceu em 1974, dias antes de uma série de 148 tornados deixarem 315 mortos e 5 mil feridos em 13 estados norte-americanos e um canadense. A família, desabrigada e desempregada, muda para o Brasil. O pai, que falava um pouco de Português, arruma trabalho na embaixada americana e a mãe fica em casa cuidando dos filhos.

Com um dinheirinho em caixa, o pai, como todo bom americano, começa a se preocupar com o futuro do filho. “Vou abrir uma poupança para ele”, pensa. Liga a tevê e vê a propaganda:

“Vou levar meu cofrinho na Colméia, de tostão em tostão dá um milhão...”

Não pensa duas vezes. No fim do dia, volta para casa com a caderneta de poupança de Murphy. Por 10 anos deposita todo mês 20% do salário. Em 1984, a Colméia quebra, leva a poupança de milhares de pessoas e deixa um rombo de mais de 350 milhões de dólares.

Murphy cresce, faz amigos e começa a gostar de rock and roll. Depois de muito insistir com o pai, consegue convencê-lo a ir ao primeiro show de sua vida, no qual tocaria sua banda preferida, a Legião Urbana. O dia era 18 de junho de 1988. No estádio Mané Garrincha, a alegria durou pouco. Renato Russo, o vocalista, atiçou a platéia, foi atacado no palco por um doente mental e a polícia acabou descendo o pau em todo mundo. Com o show interrompido, a confusão passou para fora do estádio. O resultado: 385 feridos, 60 presos e 64 ônibus depredados. Murphy teve um braço quebrado e um pé pisoteado pelos cavalos da polícia.

O pai, ainda funcionário da embaixada americana, continuou juntando dinheiro para garantir o futuro de Murphy. A meta era pagar um intercâmbio para o filho nos Estados Unidos. A viagem seria em abril de 1990, logo após Murphy fazer 17 anos. Mas poucos dias antes da viagem, Fernando Collor de Mello toma posse e bloqueia (ou confisca, como preferirem) a poupança de todos. A viagem vai para o espaço. Murphy acaba matriculado no terceiro ano do Objetivo.

No ano seguinte, Murphy completa 18 anos e ganha do pai seu primeiro carro, um Lada Niva. Poucas semanas depois, cai um temporal em Brasília. A garagem do prédio de Murphy fica completamente alagada. O carro vai parar no ferro velho. Murphy volta novamente a andar de ônibus.

O pai, ao contrário, tinha notícia boa. Depois de tantos anos juntando dinheiro, finalmente tinha conseguido comprar um apartamento. “Comprei da Encol. Coisa boa. Empresa sólida”. A felicidade durou pouco. Em 1995, a Encol inicia um processo de falência que deixa na mão centenas de mutuários. E apartamento que é bom, nada.

Em 1998, aos 23 anos, Murphy se casa. Ele e a esposa decidem adiar por pelo menos cinco anos o projeto de terem filhos. O casal dá uma ida à farmácia para comprar uma caixa de anticoncepcionais Microvlar. Pouco mais de um mês depois, teste de gravidez positivo. Em vez de hormônios, a pílula tinha farinha. Junto com o bebê, sogro e sogra chegam para morar com Murphy. O casal morava no Rio de Janeiro, em um edifício chamado Palace II, que foi ao chão por má construção. O responsável pelo prédio, o ex-deputado Sérgio Naya, continua solto por aí.

O casamento durou pouco. Foi bem rápido para Murphy descobrir que era corno. Em 2000, já estava sozinho novamente. Pelo menos não tinha mais de agüentar sogro e sogra.

Pegou suas economias e resolveu investir em um negócio aparentemente bastante promissor: gado. Associou-se às Fazendas Reunidas Boi Gordo. Em 2004 perdeu tudo, quando a empresa quebrou. Pegou as economias que sobraram e resolveu investir em outro animal: avestruz. “Dessa vez tenho certeza que vai dar certo”. Não deu. A Avestruz Master também pediu falência em 2005 e levou junto boa parte do dinheiro de Murphy.

No início de 2005, antes da quebra da Avestruz Master, Murphy resolveu fazer sua primeira viagem internacional. Escolheu um destino exótico, a Tailândia. Pagou um pacote completo, que incluía passagem, hospedagem, alimentação e passeios. Não chegou nem a embarcar. Dias antes, o hotel foi arrasado pela maior catástrofe natural dos últimos anos, a tsunami. O dinheiro, claro, não foi devolvido.

Em 2006, sua ex-mulher se muda para a Europa e deixa o filho morando com ele em Brasília. Murphy matricula o filho no NDA Júnior. Antes do meio do ano, a escola quebra e dá calote nos professores e funcionários. Murphy passa dias atrás de uma vaga para o filho, mas felizmente consegue.

Murphy também já decidiu seu voto. Vai novamente no Lula. Espera trazer sorte para ele. Fico feliz. Espero que outros “murphys” sigam o mesmo caminho. Desse modo, podemos ficar livres no ano que vem.

10 maio 2006

A escola dos meus filhos faliu

Não é minha intenção utilizar o blog para desabafos pessoais, mas estou passando esta semana por uma situação que não desejo nem para o meu pior inimigo. Segunda-feira no início da tarde, estava saindo de casa quando tocou meu celular. Era uma amiga com uma notícia bomba:

“Oi Alê. Tudo bem? Viu o DF TV hoje? A escola dos seus filhos faliu.”

Não, não tinha visto o DF TV. Não, não tinha a menor idéia que o NDA Júnior, escola dos meus filhos, tinha quebrado. Fiquei pasmo. Liguei na hora para a minha mulher, que também não sabia nada sobre o assunto. No início do ano, quando fomos rematricular as crianças, havia a notícia de que o cursinho NDA estava falindo. Fiquei preocupado e questionei a diretora. Ela disse que as duas empresas não eram mais relacionadas e que poderíamos ficar tranqüilos que nada aconteceria com a escola. Pois é...

Assim que contei a notícia, minha mulher ligou para a escola e descobriu que haviam marcado para o início da noite uma reunião de pais para explicar o que tinha ocorrido. Conseguimos apurar por alto que a maioria dos professores e demais funcionários estavam deixando a escola por falta de pagamento. E que só haveria aula até sexta-feira, 12 de maio.

De noite, com a quadra de esporte lotada de pais com os mais variados espíritos, o dono da escola, Afonso de Avelar, pegou o microfone para explicar o que tinha acontecido. Contou uma história digna de Sílvio de Abreu, com direito a roubo e ameaça de morte. Segundo ele, o dinheiro dos salários tinha sido desviado pelo seu ex-sócio, que é dono do NDA Sênior. E de tanto tentar recuperar o montante, acabou recebendo ameaças de morte. O ex-sócio, evidentemente, nega tudo.

Fiquei martelando na cabeça a seguinte questão: se a escola já sabia da situação há tempos, por que os pais não foram avisados? Provavelmente todos os pais tinham a mesma dúvida, já que logo na seqüência uma mãe fez exatamente essa pergunta ao dono da escola. Esperava ouvir qualquer coisa, menos o que o camarada respondeu.

“Desculpe, mas entre comprometer a educação de 500 crianças e colocar meus filhos em risco, preferi os meus filhos. Por isso, menti até para os professores. Vocês têm de entender. É igual na novela. A Vitória Assunção (Cláudia Abreu) estava sendo ameaçada e também não falou nada a ninguém”.

Show né? Tudo bem, ele pode até achar isso, mas falar na frente de centenas de pai é foda. Até porque eu e a quase totalidade dos pais não acreditamos em nada do que ele disse. Acho que o cara é um safado que fez todo mundo (pais, professores e funcionários) de idiota.

Estou há dois dias batendo pé, visitando escolas e até agora não sei o que fazer com meus filhos. A maioria não tem vagas, ou tem para um só. Já fui a várias reuniões de pais para tentar migrar os filhos em conjunto, mas até agora ninguém decidiu nada. Segunda-feira que vem eles já terão de estar matriculados em outra escola. Tomara que dê tempo. Espero não pirar antes. Aceito sugestões. Até a próxima (e que seja mais bem humorada).

05 maio 2006

O que a cachaça não faz

Muito prazer, Zico


Não agüento mais ouvir falar do jacaré do Lago Paranoá, mas ele me lembrou uma viagem que fiz ao pantanal do Mato Grosso. Estava em um hotel fazenda, no meio da Transpantaneira, esperando um barco que me levaria para um passeio pelo rio. O calor era daqueles que só quem vai lá sabe descrever. Ainda iria demorar perto de meia hora e resolvi ver se podia nadar um pouco.

“E aí, dá para entrar no rio?”
“Claro, é tranqüilo, essa época do ano tem pouca piranha”.

Tirei minha roupa e cheguei perto do rio. Sentei na beira e coloquei o pé na água. Nesse momento, uma senhora sai de dentro da casa carregando uma bandeja cheia de costelas de vaca. Caminha até o rio, pega uma e joga na água. Um jacaré de mais de três metros aparece do nada, morde a carne e volta a mergulhar. Tiro meu pé e corro para longe.

“Ficou louco amigo, não disse que dava para nadar?”
“Mas dá moço, não se importe com ele não. É o Zico. Ele é nosso amigo”.

Preferi o calor.

A moça das costelas de vaca se afastou da margem e despejou o restante da carne no chão. Em um instante, mais de 50 carcarás, que apareceram do nada, devoraram tudo. Fiquei olhando boquiaberto.

O pantanal é tudo de bom.

Pergunta sem resposta II

Papai, qual é a diferença entre o tricerátops e o estiracossauro?

02 maio 2006

Ministério da Saúde adverte: gravidez prejudica o gosto musical


Sou casado há cinco anos e nesse período tive dois filhos (são três, na verdade, já que herdei um). Mas não quero falar deles. Quero só ilustrar uma teoria: a de que os hormônios que agem no corpo feminino durante os nove meses de gravidez afetam profundamente o gosto musical.

Quando casei, a discoteca básica da minha mulher incluía Rolling Stones, Mutantes, Janis Joplin, Chico Buarque, Rita Lee... Acho que a pior coisa era Fernanda Abreu. Mas foi só a barriga começar a crescer, os hormônios começarem a agir, para algo estranho acontecer. Entre aqueles pedidos do tipo “estou com desejo, quero comer siriguela com goiabada cascão, ovomaltine e alguma coisa que faça crunch”, acabei ouvindo:

“Compra um disco do Roberto Carlos para mim?”

Quase tive um treco, mas comprei. Melhor não contrariar mulher grávida, imagina só se meu filho tivesse nascido com a cara do Roberto. E o CD tocou, tocou, tocou, tocou e tocou. Também tive de conviver por nove meses com outras coisas incomuns ao universo musical doméstico, como por exemplo “um fio de cabelo no meu paletó”.

Arthur nasceu, o tempo passou e o Roberto voltou a dar lugar ao Mick Jagger no som lá de casa. Janis voltou a dar seus gritos, os Chicos (Buarque e Science) voltaram a ser figurinhas fáceis e a paz musical voltou ao lar.

Os anos passaram. Outra gravidez. Hora de testar a teoria. Logo nos primeiros meses, Pra ser só minha mulher, música do Ronnie Von cantada pelo Otto e pela Alessandra Negrini, passou a ser a primeirona nas paradas de sucesso. Sidney Magal também virou rei. Até no show tive de ir.

Foi um período trash, mas passou. Pedro nasceu e o Rolling Stones retomou novamente o posto de melhor artista do mundo. Buddha Lounge, Buddha Bar e outras músicas de meditação também subiram para o ranking das favoritas.

Mas desconfio que os hormônios deixaram seqüelas. Um dia destes, no Beirute, entre um copo e outro de cerveja, escuto:

"Baixa para mim o CD do MC Leozinho?"

Para quem não conhece, é aquele do “ela dança, eu danço”, funk-chiclete carioca que ficou conhecido nacionalmente depois de tocar, durante uma entrevista, no celular do Ronaldo Fenômeno.

Espero que seja só um surto e que passe logo. E nada mais de filhos. Sei lá, da próxima vez a preferida pode ser a Tati Quebra Barraco ou a banda Calypso. Por via das dúvidas acho melhor não arriscar.